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Pessoas com TOC têm rituais diários e rigorosos

Ao falar de transtorno obsessivo compulsivo (TOC) vem à mente de muitas pessoas a ideia de hiper-organização ou mania de limpeza, entretanto, não são todos os casos em que esses comportamentos estão relacionados. O transtorno em questão envolve um nível extremamente alto, bem como uma necessidade de checagem constante. Essas obsessões que acometem o indivíduo são entendidas como intrusivas, uma vez que ocorrem independente da vontade do paciente que, muitas vezes, acaba criando outros mecanismos para aliviar a ansiedade, como por meio de compulsões físicas e rituais próprios. Ao reconhecer os seus mecanismos, algumas pessoas passam a tentar evitar por conta própria suas compulsões e acabam gerando outra compulsão como hipervigilância, neutralizações, evitações, entre outras.

No sentido de aliviar o nível de preocupação, o indivíduo com transtorno obsessivo compulsivo acaba por lançar mão de um repertório de rituais, sendo eles físicos ou não, de modo a garantir que tudo está bem. Mesmo que para outras pessoas pareça algo sem sentido, para quem possui o problema essas tarefas são tão “importantes” que caso não consigam cumpri-las, experimentam uma sensação de culpa intensa.

O TOC é também um obstáculo social

Com o passar do tempo, o TOC se torna um obstáculo na rotina do indivíduo e começa a interferir negativamente nas suas relações pessoais e familiares. A preocupação extrema com limpeza, higiene pessoal, simetria, checagem e organização das coisas podem evoluir e, na maioria dos casos, só alivia quando há o exercício da compulsão.

Indivíduos que possuem a doença tendem a se preocupar demasiadamente com tudo que está a sua volta. Em vista disso, a principal característica é a presença de crises de obsessões e compulsões, como sentir muita ansiedade quando percebem que algo está fora do lugar; sentir medo exagerado de se contaminar ou de passar em algum lugar que, para eles, apresente alguma ameaça; ficar aflito toda vez que precisa sair de casa, pois tem medo de ter deixado o gás ligado ou alguma janela aberta, por exemplo.

Nesse distúrbio psiquiátrico, não são raros momentos em que ideias e pensamentos recorrentes tomam conta da mente da pessoa. Normalmente, esse processo se manifesta em adultos, porém, existem casos de crianças com apenas três anos que também sofrem com a doença.

O tratamento para TOC normalmente é realizado com sessões de psicoterapia e, dependendo do caso, uso de medicamentos prescritos por um médico psiquiatra.